quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

E se o destino ajudar? Capítulo 1.

Ele não se preocupa com o futuro, gosta de curtir a vida, festas e baladas todas as noites. Tem vários amigos, é bonito, mesmo tendo 26 anos ainda não saiu da casa dos pais... Preocupa-se com sua aparência mais que o necessário. Bebe, ri alto, faz piadas nojentas e machistas.  E mesmo com essa vida cheia de futilidades, está feliz.  Mesmo pegador, Matheus odeia meninas como a Thaís;
Ela em seus 23 anos, cursando direito, já tem um trabalho fixo e sua própria casa. Caseira ao extremo, todos falam que ela e linda, mas ela simplesmente desacredita, tem poucas amigas – poucas e boas, como ela sempre diz – sempre muito discreta, não bebe, odeia cigarro e drogas, muito religiosa. Thaís abomina caras como Matheus.
Foi no ano novo de 2001, Thaís estava na casa de uma amiga. Já estava indo embora quando percebeu um rapaz que aparentemente estava tentando abrir o próprio carro, bêbado demais, suas tentativas não obtiveram sucesso algum. Ela, com medo que o jovem conseguisse abrir o carro e causasse algum acidente, ofereceu-lhe carona para casa. Matheus agradeceu e entrou. Após as apresentações e conversas sem nexo, chegaram a casa dos pais dele, despediram-se e ele entrou. Ela voltou pra casa pensando em como tiraria o cheiro de álcool que estava em seu carro, mas também queria ver novamente aquele cara bêbado que estranhamente havia despertado algo nela – ainda não tinha certeza se era algo além de pena -.
Dois dias se passaram, Thaís estava saindo da casa de sua irmã, quando seu celular toca, ela olha rapidamente, número desconhecido, receosa ela atende:
- Alô.
-Oi. – uma voz masculina respondeu.
-Quem é?
-Não sei se você se lembra de mim, da festa de ano novo, na casa da Marcinha... Você me deu carona e eu acho que minha carteira caiu no teu carro. – Ele parecia preocupado.
-Ah sim, me lembro de você. Só um instante, vou dar uma olhada. – barulhos de passos, logo em seguida ele ouviu a porta de um carro abrindo, alguns múrmuros e ela volta ao telefone – Sim, está no meu carro.
-Será que a gente poderia se encontrar, preciso da minha carteira.
-Tudo bem, quando é melhor pra você? – Por um segundo passou sua cabeça que ele poderia ter deixado aquela carteira no carro apenas pra poder vê-la novamente.
-Você está ocupada agora? Poderia ir até sua casa.  É só você me dizer onde mora e em alguns minutos eu chego ai.
-Agora? – ela não parecia muito feliz com a ideia – tá bem, pode vir. 

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