E se o destino ajudar? Capítulo 3.

-Marcinha, essa garota é muito difícil – Queixou-se Matheus para sua amiga – Não vou insistir não, ela nem faz meu tipo.

- Cara, ela é a namorada ideal de qualquer homem – Disse Felipe, namorado de Márcia – Qualquer homem, menos eu – Completou quando percebeu o olhar de sua namorada.

-Matheus, dê um tempo, ela não é como as garotas que você está acostumado a sair, ela tem um cérebro. – Disse Márcia.

-Agora vai me ofender, Márcia?

-Não querido, estou ofendendo as piriguetes que saem com você.

Todos caíram na gargalhada.

-Ela me disse que passa as noites de sábado em casa, acho que vou aparecer lá hoje.

-Boa, aproveite e leve flores. – Comentou Felipe.

-Flores? Isso é tão brega, cara. – Zoou Matheus.

-Mas a Thaís faz o tipo brega mesmo e – Márcia o interrompeu –

-Não é brega, é romântico.

-Tá bem, flores, anotado!

Matheus despediu-se de seus amigos e passou na floricultura mais próxima, comprou um lindo buque. Cogitou inclusive contratar um carro de mensagens, mas felizmente lembrou-se que Márcia havia dito que Thaís odiava chamar atenção. Foi direto à casa de Thais, tocou a campainha e aguardou.
Thaís abriu a porta e o convidou pra entrar. Ele entrou, entregou as flores à ela e jurou ver um sorriso verdadeiro aparecer.
-Eu só vim pra ver como você está – Matheus sorriu
-Estou bem, obrigada e você?
-Melhor agora! – Thaís revirou os olhos com essa cantada tosca.
-Quer água? – Ela perguntou tentando ser educada.
-Por favor! E ai, como foi o trabalho hoje? Aos sábados tu presta trabalho comunitário, certo?
-Sim sim, foi muito bom. Hoje eu fui até um hospital visitar as crianças internadas.
-Será que sábado que vem eu poderia ir com você?
Ela pareceu confusa, hesitou um pouco e finalmente respondeu.
-Não sei se você gostaria de ir, não faz o seu tipo de saída.
-Qual é garota, pode confiar em mim. Eu adoraria ir contigo, adoro crianças e você pode não acreditar, mas já fiz alguns trabalhos comunitários. – Lógico que era mentira, mas ele percebeu que precisaria mentir um pouco pra conseguir encanta-la. –  E ai, semana que vem você me leva contigo?
-Tudo bem, te levo.
-E você aceita sair comigo essa noite?
-Novamente essa conversa, Matheus? Eu estou cansada, quero ficar em casa.
-Maravilha, pedimos uma pizza e assistimos um filme, se você disser que não eu vou começar a te ligar todos os dias da semana.
-Tudo bem. Mas prometa-me que você vai embora cedo, não quero dormir muito tarde.
-Gosta de pizza de strogonoff? – Disse. Pegou o celular e discou o número – Boa noite, gostaria de uma pizza de strogonoff e duas latinhas de suco de... – Olhou para ela, que sussurrou "maracujá" - Suco de maracujá. – Passou o endereço, desligou o telefone e a olhou. – Que filme vamos assistir?
-O diário de uma paixão. – Thaís estava testando-o, apesar de ele ser interessante ela não queria mesmo quebrar a cara com um idiota.
-Tudo bem, assistiremos o diário de uma paixão.
Logo a Pizza chegou, então eles começaram a assistir o filme. Durante o filme ele passou o braço pelo ombro dela, e ela simplesmente ignorou, mas ficou completamente ereta, não moveu um músculo sequer...
Ele a surpreendeu, ao final do filme, quando estava chorando junto com ela. Ela não sabia se era jogo dele ou se no fundo ele tinha mesmo um lado meio romântico. Foram até a cozinha, tomaram café e ela disse a ele:
-Você tem que ir, está tarde.
-Tudo bem, me acompanha até a porta?
E assim ela fez, acompanhou-lhe até a porta e despediram-se. Ele tentou beija-la duas vezes, mas ela virou o rosto e o máximo que ele conseguiu foi um rápido selinho, roubado.